Construtores

Amanda Santos da Silva
Brena Mayra Araújo
Erica Cristina de Sousa Araújo
Francisco George Sousa do Nascimento
Maria Alexsandra de Sousa Figueredo
Maria Tamires de Vasconcelos Lima
Nathrícia Brito de Araújo
Weslany Luiza Dias de Sousa.


Orientadora do projeto: Ana Maria Bernardino dos Santos.

Agradecimentos especiais há:
Colégio Estadual Professor Ivan
Graça Cardeal, Socorro Cardeal e toda sua Família.
Alunos e professores.
Felipe Costa do Nascimento e todos os alunos do 1° "F"

TRABALHO CIENTIFÍCO

INTRODUÇÃO
O projeto “O Terra e Mar” tem como objetivo resgatar memórias do escritor Carlos Cardeal de Araújo, mais conhecido como Cardeal, que mostra novas visões do mundo, novas perspectivas para a relação dos homens na terra, revelando de forma simples e natural, no cotidiano das pessoas o que não se deve repetir com os erros, e sim transformar.
A obra “O Terra e Mar” mostra parte da historia de homens e mulheres, a maioria vindo de outros lugares, que seguiram para Camocim, com o intuito de encontrar um lugar tranqüilo e feliz para morar por pouco tempo.
Cardeal era um apaixonado pelas belezas locais (naturais e artificiais), e é bem isso que nos revela o livro O Terra e Mar.
Queremos mostrar através deste conteúdo a importância do grande escritor, que escreveu sobre a vida dos moradores desse bairro. Vindo com uma idéia básica de mostrar sua vida, despertando curiosidades para o aprofundamento do assunto, que se pretende alcançar com a divulgação da obra e dessa grande pessoa que foi Cardeal.
Apresentamos de forma simples, mais esclarecida, os fatos revividos pelos moradores desse bairro, dizendo então que, esta obra é uma verdadeira homenagem de Cardeal para sua tão amada cidade.

METODOLOGIA

No desenvolvimento desse projeto, estamos trabalhando A Obra de Cardeal: “O Terra e Mar”.
O objetivo desse estudo é mostrar á população a importância da literatura Camocinense bem como nossa identidade cultural.
Trabalhamos de forma especifica assuntos do nosso cotidiano, realizando profundas pesquisas contextualizadas no romance, buscando conhecimentos sobre a obra, a vida, e homenagem póstuma ao autor Carlos Cardeal.
Descobrimos que o autor é uma personalidade dessa safra nova de escritores, que protesta o desentendimento dos homens, e confessa ser um apaixonado pelas belezas naturais de Camocim.


RESULTADO
Durante este projeto percebemos que o mesmo está servindo como forma de incentivo para nossos alunos, despertando a curiosidade das pessoas em desvendar juntamente com o autor a obra, os mistérios existentes nesse bairro “O Terra e Mar”.
Com grande oportunidade de novas perspectivas, e novas visões sobre a literatura, esse projeto veio para nos oferecer novos conhecimentos, porem, faz-se necessário o esforço, à vontade e interesse junto ao tema, que pode se expressar de forma simples e consideravelmente responsável.

CONSIDERAÇÕES FINAS
“O Terra e Mar” tem um papel de extrema importância para a população, ou seja, tem muito a oferecer. Com grande potencial foi estudado de forma racional e analítica.
De forma especial, agradecemos essa grande oportunidade, obrigada aos professores, ao núcleo gestor e a todos que estão participando, dedicando-se o máximo possível.
Assim concluímos com isso, tenho buscado o valor dessa obra, mostrando um autor apaixonado por sua cidade, e pela literatura.

CARDEAL

CARLOS CARDEAL

Obras Marcantes de Carlos Cardeal

TERRA E MAR
INTRODUÇÃO
A literatura brasileira está se renovando.renovando seus costumes.Mostrado novas visões do mundo, novas perspectivas para as relações dos homens na terra.Revelando, no cotidiano, o que não se deve repetir e sim transformar.E nada disso veio do além, da fantasia, de um disco voador, nesta novela muito bem humorada escrita por Cardeal.
Os personagens de O TERRA E MAR são homens e mulheres reais, vindos de "outros terras, em grande parte", para manter o conteúdo ficcional, como o próprio Cardeal faz questão de ressaltar. São os personagens desse movimento permanente de partida do homem e da mulher que busca um lugar mais seguro e tranqüilo para trabalhar e nem sempre são atendidos.
Nesse contexto, Cardeal denuncia o bairrismo, a traição, mostrada a solidariedade e o companheirismo.Fala com simplicidade e energia dos dramas vividos pelos moradores de Camocim,os conflitos com os "visitantes", que chegam para "ficar um pouco e terminar ficando por longo tempo", As birras e desentendimentos com o poder local e deste com o de fora.As simpatias, amores e desesperos de nossa gente.
Com todas as dificuldades: o porto que não foi drenado, a obstrução da barra, as superstições do povo.E com todas as belezas naturais e artificiais:as salinas, a beira-mar, o rio da Cruz, a praia das barreiras, as ruas, becos e casa, que hoje já não existem mais.
Cardeal é um personagem novo dessa safra nova de escritores.O TERRA E MAR é fruto de um longo processo de estudo de personalidades e tipos de comportamento dos homens, da literatura de cordel e de sua terra.É a homenagem de um cearense ao desenvolvimento do ceará.Um protesto contra o desentendimento dos homens e a confissão apaixonada pelas belezas naturais de Camocim.


IDA E VOLTA
ITRODUÇÃO
Carlos Cardeal já mostrou em seu livro Terra e Mar suas qualidades literárias. Nesta nova obra, o autor reafirma seus dotes de grande escrita e, ao mesmo tempo, nos brinda com a oportunidade de reviver momentos passados de nossa história, resgatados de suas memórias e de estudos frutíferos sobre a época focalizada.
O Escritor dirige seu foco para os dias finais da estrada de ferro de Sobral - Estação de Camocim e lança mão de personagens que muito retrata a época, a cultura e os costumes de nossa gente! O fenômeno, bem mais que regional, mostra, também, fatos acontecidos em outras plagas pois,enquanto líamos o e excelente trabalho revivíamos os dias finas da saudosa Estrada de ferro de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. Nossa gente simples que lotavam os trens da época, precioso meio de transporte de massas, muito tem em comum sejam elas do ceará ou do interior do Estado do Rio.

Entre Terra e Mar e Ida e Volta Cardeal criou varias crônicas, entre uma das mais famosas foi a MANCADA.


UM POUCO SOBRE CARLOS CARDEAL DE ARAÙJO

Carlos Cardeal de Araújo nasceu em 31 de outro de 1995 em Viçosa do Ceará,um dos setes filhos da prole do casal Francisco Cardeal de Araújo e Maria Maurícia de Brito de Araújo.

Veio para Camocim com a família aos cinco anos de idade para estudar, já alfabetizado pela mãe.Estudou nos extintos estabelecimentos de ensino Grupo Escolar José de Barcelos e Colégio Estadual Padre Anchieta.Aos treze ingressou no convento de Tianguá a convite de Frei Aquino, amigo de seu pai.Devido á riqueza do acervo existente no Convento, substituía as atividades físicas por leituras de livros biográficos de santos e filosóficos, por indicação do próprio Frei. Foi aí que começou sua paixão por literatura.

Em 1975, Cardeal foi para fortaleza para cursar o Ensino Médio, onde por ironia era considerado por um de seus professores um aluno que não sabia ler devido ao seu "medo" de falar em público, em compensação começou sua biblioteca particular ganhando livros dos colegas, em troca fazia a leitura e resumia a história para que eles pudessem fazer seus trabalhos escolares.Durante este tempo, morou numa Casa de Estudante-Núcleo dos Estudantes Camocinenses-NEC-com mais 30 rapazes e ganhava dinheiro escrevendo cartas para os colegas mais próximos.

Ainda morando em Fortaleza, passou por uma livraria e viu o anúncio de um concurso literário, que exigia dos pretensos candidatos uma produção de vinte folhas. Com intuito de participar deste concurso, Cardeal começou a escrever pela madrugada a fora.Por causa disso, alguns de seus colegas achavam que ele estava fincado louco, enquanto outros o ajudavam com material (lápis, papel, etc.). Carlos escreveu durante muitas madrugadas, até perceber que já havia ultrapassado as vintes folhas e não poderia mais participar do mencionado concurso, porém não parou de escrever sua historia e assim nasceu seu primeiro livro "Terra e Mar" publicado após oito anos de sua produção.

Carlos Cardeal, apesar de não ter curso superior, o Ensino médio lhe conferiu o direito de participar de concurso públicos e assim inscreveu-se junto ao concurso públicos do Banco do Nordeste.Embora sua redação tenha sido considerada a melhor, não foi suficiente para receber aprovação, pois entre outros pré-requisitos necessários, não atendera uma deles, ou seja, não sabia datilografar. Fator esse que não o desanimou, pois logo em seguida, em 1976, foi aprovado no concurso da REFESA, como havia optado pela estação de Camocim, por amor a terra, não pôde assumir a função, uma vez que antes de ser convocado tal ramal foi extinto.

No ano de 1985, Cardeal trabalhou em dois bancos particulares, o Banco SAFRA e o Banco da Indústria e Comércio.

Em 1988, com a morte de seus pais, voltou á Camocim para assumir o comércio de seu pai, mas só conseguiu ficar no ramo pouco mais de um ano.

Foi servidor público Municipal no período de 1990 a 2007 trabalhou inicialmente no setor pessoal da prefeitura Municipal de Camocim e posteriormente na Secretaria de Cultura de Camocim por um período médio de oito anos em seguida ocupou o cargo de administrativo na Academia Camucinense de Ciências Artes e letras, concluiu seu segundo livro “Ido e Volta" no ano de 2003 e o publica em 13 de novembro de 2004, através da ACCAL, obra considerada pelo autor melhor do que o anterior, o "Terra e Mar".

Para escrever seus livros Carlos tira sua inspiração dos momentos que vivencia. Como exemplo disso ele cita sua crônica"A mancada", onde relata um fato ocorrido num Festival de Quadrilha em Camocim em 1994.

Carlos Cardeal de Araújo, ou simplesmente Cardeal, se considera um aprendiz de escritor, diz não gostar do que escreve, as gosta muito de ler.Sua escritora preferida é Raquel de Queroz, embora afirme ser influenciado por Jorge Amado, já que as obras deste renomado autor tratam de questões sociais.

Um trágico acontecimento marcou profundamente a vida do escritor, na madrugada do dia 16 de maio de 2005, na até então pacata Rua da República, próximo á sua residência dois delinqüentes, usuários de drogas o assaltaram e espancaram com muita violência, deixando-o mutilado, perdera a visão do olho direito e através de exames mais detalhados foi diagnosticado glaucoma o que reduzia a visão do olho esquerdo.

Quase impossibilitado de vivenciar seus principais divertimentos, ou seja, ler e escrever, Cardeal assume um ar de tristeza percebido por todos e apesar do esforço e do perdão concedido aos marginais não deixa de sofrer a perda parcial da visão, precisa submater-se a sérios tratamentos de saúde, mas mesmo assim nos deixa várias crônicas que retratam sua alegria de viver e são fiéis aos melhores dias de sua vida.

Carlos Cardeal de Araújo após quase dois anos lutando contra as seqüelas do atentado que sofrera, foi a óbito em sua própria residência na manhã do dia 11 de outubro do ano de 2007.E assim conclui seu ciclo de vida no mesmo mês que completaria 52 anos de idade.